Olá pessoal!
Hoje nós viajaremos diretamente para o estado de Goiás, onde vive a escritora Carol Soares, autora do livro “17 horas, até que ponto você lutaria por seu país?”. Não esqueçam de conferir a pequena entrevista com a autora logo após a resenha!
O livro conta a história de Sophie e Gabriel, dois amigos de infância que vivem uma vida comum em uma cidade de Goiás.
Sophie, uma menina linda de cabelos negros e olhos verdíssimos é uma menina muito inteligente, assim como Gabriel que além de super inteligente, é um verdadeiro cavalheiro com Sophie e a protege de tudo e de todos.
A história se passa em um momento pós ditatorial, onde o Brasil participando da aliança com Rússia, Índia, China e África do Sul, formam a BRICS, que se torna a nova potência mundial, após desbancarem os EUA em uma espécie de guerra fria. Com o bloco econômico BRICS formado, transformado na maior potência, uma série de assassinatos começaram a acontecer no Brasil, tudo indicava que era ação do governo dos EUA, começando a revidar o bloqueio econômico sofrido por conta da aliança. Isso culminou a vinda do governo russo para o Brasil, e se instaurou a ditadura por meio do comandante Petr Petrovich Petrov (achei o nome engraçado). O ditador governou por anos até sua morte, posteriormente seu filho Petr Petrovich Petrov Segundo assumiu o cargo do pai, após isso as mortes recomeçaram, inclusive a mulher do ditador foi morta, o que culminou na volta do ditador para a Rússia e a retomada da democracia no Brasil.
Sophie e Gabriel tem 17 anos e uma amizade de longa data, a menina se mudou para a casa ao lado quando eles tinham 10 anos e desde então são inseparáveis, até porque Gabriel é apaixonado por Sophie . Os dois vivem uma vida normal, e enquanto vão crescendo, seus pais vão introduzindo eles à estudos mais severos que outras crianças, eles leem mais, fazem aulas extra curriculares, passam a maior parte do tempo em estudo. Ao completarem os 17 anos, são surpreendidos por mensagens subliminares em suas pesquisas na internet, palavras que se destacavam e Gabriel foi anotando todas, até que percebeu uma conexão, elas formavam uma frase que dava indícios da espionagem dos EUA sobre o Brasil. Alguns dias depois, Gabriel recebe uma mensagem em seu celular, do chefe de espionagem dos EUA, que por coincidência ou não, era um professor que havia dado aula a eles quando tinham apenas 8 anos. O professor explicou a eles que havia escolhido os garotos para uma missão de espionagem em defesa do Brasil, pois os EUA estavam planejando explodir uma bomba para atingir o país, e ele como chefe de espionagem americana e agente duplo, precisava da ajuda de pessoas desconhecidas do governo para impedirem a detonação da bomba.
Os garotos não puderam perceber a magnitude da missão até se encontrarem com Sarah, uma agente russa enviada por Eduardo Willians, o chefe de espionagem, que explicou a localização da bomba, que era exatamente dentro do Cristo Redentor, e como fariam para desativá-la. Eu não sei o que deu na cabeça deles, mas aceitaram de prontidão sem questionar o porquê de ir para uma missão na qual não eram preparados, porém aceitaram, pediram permissão a seus pais para viajarem para o Rio, dando a desculpa de ser o aniversário dos dois (pois faziam aniversário no mesmo mês), e para a surpresa dos garotos, os pais aceitaram, e lá foram eles para o Rio de Janeiro.
Ao chegarem na cidade maravilhosa, foram logo bolando os planos para cumprirem a missão de desarmar a bomba, enquanto isso a união de Sophie e Gabriel vai ficando cada vez mais forte, o garoto tentando a todo tempo pedir Sophie em namoro, mas sempre sendo interrompido por algo e Sophie sempre cavala, dando patada em Gabriel. Isso foi uma das coisas que me deu ódio no livro, a Carol conseguiu fazer uma personagem que eu odeie mais que a Dolores Umbridge de Harry Potter, ohh garota ranzinza!
Enquanto vamos descobrindo com Sophie e Gabriel o jeito de desarmar a bomba, vendo os apertos que passaram, vamos acompanhando uma relação linda de amor crescendo entre os dois. É lindo ver como Gabriel ama Sophie, como ele a protege. Vamos acompanhando também o modo como a garota vai amadurecendo, no finalzinho eu quase não a odiava, QUASE, porque ela ainda era chata pra caraleo.
Por ser o primeiro livro de uma trilogia, muitas perguntas ficaram sem resposta, principalmente entorno da vida de Sarah, a espiã Russa, que esconde vários segredos ao longo da trama.
O livro é classificado como romance, e eu o classifico como uma leitura infanto juvenil, super engraçado, gostei muito da forma como a Carol introduz assuntos da economia do país, e gostaria de ter visto um pouco mais da espionagem que romance, pois o livro foca muito na história amorosa dos personagens principais, mas creio que nos próximos livros a questão da espionagem esteja presente com mais intensidade. Eu recomendo esse livro principalmente a adolescentes pois a autora conseguiu mesclar uma coisa típica de romances YA que é a história de amor com uma história de espionagem instigante.
E então, será que Sophie e Gabriel ficarão juntos? Será que conseguirão salvar o país do ataque iminente? Isso tudo você só saberá lendo o livro, então corra e não perca tempo!
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Você pode acompanhar a Carol pelas redes sociais:
Confira a entrevista com a autora:
– O livro “17 Horas” foi escrito quando você tinha apenas 13 anos, de onde surgiu a ideia de escrever o livro?
A ideia de escrever o livro surgiu quando, em 2013, Edward Snowden provocou uma grande polêmica no mundo ao denunciar a espionagem ilegal da CIA sobre vários líderes políticos, como, por exemplo, a própria Dilma. Um professor meu de geografia, que ministrava a matéria de blocos econômicos na época, começou a fantasiar na sala de aula como seria se os BRICS assumissem a hegemonia mundial e os EUA perdessem grande parte do seu poder. Seria um mundo diferente, um mundo teoricamente melhor, então pensei, “Por que não escrever uma história que se passa exatamente nesse mundo alternativo?”.
– Como autora, você se inspira em alguém? Quais são seus escritores favoritos? E livros favoritos?
Como autora, eu me inspiro bastante em Machado de Assis. Inclusive, ele é meu escritor nacional favorito, além do Luis Fernando Veríssimo e a Lígia Fagundes Telles. Já internacionalmente falando, meus escritores favoritos são a J. K. Rowling e o Edgar Allan Poe. Meus livros favoritos nacionais são A Confissão, Dom Casmurro, A Moreninha e As Mentiras que os Homens Contam, e internacionais são a coleção de Harry Potter, Extraordinário e a versão da editora Saraiva de Assassinatos na Rua Morgue, que junta vários contos de Edgar Allan Poe.
– No livro, nota-se várias menções a aspectos econômicos e políticos, como se deu a elaboração dessas questões?
A elaboração dessas questões se deu inicialmente com minhas aulas de história e geografia do Ensino Fundamental II, sobre BRICS e Guerra Fria. Quando esse conteúdo começou a ficar pouco para mim, comecei a pesquisar bastante sobre o assunto, fazendo leituras complementares, vendo filmes sobre o assunto e perguntando a alguns professores as dúvidas que eu tinha durante a escrita (por exemplo, como eles imaginavam um futuro onde os EUA não mais dominariam, e sim os BRICS). Com todas essas informações, montei um cenário na minha cabeça de como seria o mundo no futuro, e segui essa linha de raciocínio para escrever a trilogia.
– Qual foi a parte mais difícil e a mais fácil na produção do livro?
A parte mais difícil na produção do livro foi escrever o cenário político e econômico de uma forma que tudo se encaixasse perfeitamente e fizesse sentido, mas que ao mesmo tempo deixasse a história verossímil e próxima do leitor. Já a parte mais fácil na produção do livro foi escrever a relação entre os dois personagens principais, que já estava mais ou menos pronta na minha cabeça.
Adorei essa ideia!!!! Normalmente, mundos alternativos são coisas fantásticas, com criaturas bizarras ou tecnologias inexistentes, como no Steampunk. É tão legal ver algo mais “pé no chão” e que ainda consegue atiçar a curiosidade de um leitor!!!
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É magnífico mesmo, não é?! Estou doida para ler a continuação, que deve sair ainda esse ano!
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